A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau lançou esta segunda-feira, 08 de agosto, uma ação de combate à criminalidade “tolerância zero contra a violência baseada no género”, bem como a linha verde 121 para denúncias de casos de violência e outros crimes.
A cerimónia do lançamento da ação decorreu nas instalações da sede nacional da PJ e foi presidida pela ministra de Justiça e dos Direitos Humanos, Teresa Alexandrinha da Silva, que na sua intervenção revelou que os estudos mais recentes revelam que 67 por centos das mulheres guineenses já sofreram algum tipo de violência dos homens e que a maioria destes casos não foi denunciada à justiça.
Assegurou que a reforma de grandes códigos do sistema judiciário, para além de estar inscrita na agenda prioritária do governo, visa também dar respostas aos “ilícitos criminais” em geral e em particular às “decorrentes violações baseadas no género”.
Enfatizou que a problemática de violência contra mulher na Guiné-Bissau tem sido uma preocupação do ministério de justiça e dos direitos humanos assim como do governo.
“O ministério da Justiça e dos Direitos Humanos está fortemente empenhado na implementação de medidas que visam erradicar a violência contra mulheres enquanto atentado maior contra a dignidade da mulher e dos direitos humanos”, disse a governante.
Para o Diretor Nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, o panorama da criminalidade nacional tem sido marcado por hediondos crimes contra a integridade da mulher e criança, como também mostrou-se preocupante com o aumento do números de casos de violência física contra a mulher assim como o aumento de casos de abusos e violações sexuais de menores a nível nacional.
Domingos Monteiro Correia defendeu a necessidade imediata da adoção de mecanismos de prevenção, sobretudo o reforço das ações operacionais para repressão dos criminosos e consequente proteção das vítimas.
“A Polícia Judiciária pretende, com a iniciativa, lançar um alerta social sobre as consequências das violências baseadas no género, apelando à sociedade a juntar esforços para o combate cerrado a esses crimes que geram danos irreparáveis nas vítimas”