AGENTES DE SEGURANÇA E DA POLÍCIA JUDICIÁRIA FORMADOS EM MATÉRIA DE PARTILHA DE DADOS

Os agentes das forças de segurança, da Polícia Judiciária e da Interpol iniciaram esta segunda-feira, 17 de outubro, uma formação sobre o processamento e partilha de dados entre as polícias da investigação criminal. A formação realizada pelo Sistema de Informação Policial da África Ocidental (SIPAO) em colaboração com a direção nacional da Polícia Judiciária decorre numa das unidades hoteleiras de Bissau e tem a duração de 15 dias.

Presidindo a cerimónia de abertura do seminário, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Teresa Alexandrina da Silva, disse que é “crucial” dotar os órgãos de polícia criminal de um centro especializado destinado ao processamento e partilha de dados criminais.

“É benéfico dotar a polícia criminal de um centro destinado a processar e partilhar dados criminais e assegurar uma interconexão permanente com outras polícias da sub-região, permitindo a troca de informações em tempo útil, bem como uma cooperação internacional mais profícua entre os órgãos de polícia criminal de toda a costa ocidental da África, na luta contra o crime organizado transnacional e o terrorismo”, assegurou a governante.

“A Guiné-Bissau é um parceiro estratégico e privilegiado da União Europeia, por isso o sucesso e a segurança do país são o nosso sucesso. A União Europeia vê a integração regional como pilar fundamental para o desenvolvimento socioeconómico em África, em particular a África Ocidental “, disse o encarregado de negócios da delegação da União Europeia, Pedro Saraiva.

Por sua vez, a diretora nacional adjunta da Polícia Judiciária afirmou na sua intervenção que a Guiné-Bissau é um “Estado capturado pela criminalidade organizada.”

“Organizações criminosas atuam como um contrapoder com objetivo de tornar as instituições do Estado refém da sua própria vontade”, disse.

“A Guiné-Bissau é um Estado capturado pela criminalidade organizada, especialmente pelos tráficos de droga como consequências de uma longa história de fragilidade caracterizada pela instabilidade crónica, instituições fracas e um conjunto de elite empenhado em controlar o Estado para daí extrair receitas que depois são submetidas ao processo de branqueamento”, revelou.

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