O Diretor Nacional da Polícia Judiciária, Domingos Monteiro Correia, alertou no dia 21 de fevereiro de 2024, que a realidade da criminalidade e a sua dinâmica a nível da sub-região mostra que o tráfico e terrorismo são fenómenos que mexem com a estabilidade do Estado, tendo exortado ao governo a criação das condições de trabalho para que a instituição que dirige possa ter maior capacidade de combater o crime organizado no país.
“Espero que o governo em geral irá criar as condições efetivas para aumentar a performance do trabalho da polícia de maneira que os desafios são enormes, desde o alargamento da polícia judiciária às regiões, a implementação de novos mecanismos de combate à criminalidade, a apreensão como também o desmantelamento das redes. Queremos apelar à sociedade civil e aos nossos parceiros de cooperação para juntarmos sinergias com o executivo para que possamos lutar e combater o crime organizado na Guiné-Bissau”, disse o diretor nacional da PJ, na sua declaração aos jornalistas à saída de uma audiência que a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria do Céu Silva Monteiro, com quem abordou a situação da instituição, a falta de condições do trabalho e acima de tudo a questão da promoção dos agentes da PJ.
Domingos Monteiro Correia assegurou na sua comunicação que o encontro com a titular do pelouro da Justiça, insere-se no quadro de agenda de trabalho que considera de tradicional entre a PJ e a tutela, onde fez um panorama ligado ao funcionamento daquela instituição judiciária, chamando atenção sobre a necessidade de reforço de capacidade institucional, situação de estagnação dos funcionários em termos de carreira, reforço de apoio material por parte do governo para que PJ possa fazer o seu trabalho, no âmbito do programa integrado do combate ao tráfico de droga, crime organizado e redução de danos.
Sobre as diligências que a PJ está a fazer concernente a denúncia feita pelo antigo primeiro-ministro, Domingos Correia, esclareceu que a PJ não faz comentários de natureza política, mas todas as denúncias têm o seu mecanismo, assim está a decorrer todo um conjunto de trabalho de carácter de inquérito tanto por parte da Polícia Judiciária como das autoridades judiciárias, neste caso Ministério Público.